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docência como campo expandido

Relato do encontro “Docência como campo expandido: arte contemporânea e formação estética”, com Luciana Grupelli Loponte, realizado em 22 de março de 2021


O encontro “Docência como campo expandido: arte contemporânea e formação estética”, ministrada pela Profa. Dra. Luciana Grupelli Loponte, tem como intuito pensar a prática docente como prática artística e a arte contemporânea como eixo de trabalho para o professor de arte. Para tanto, Luciana salienta o lugar que ocupa: entre a arte e a educação. Sua inquietação começa na escola, enquanto professora da educação básica e é deste lugar de fala e de interesse que ela compreende o campo da arte a partir da perspectiva da educação.


Podemos dizer que ela não só se preocupa com a formação dos professores de arte quanto vislumbra o acréscimo que a arte contemporânea tem na formação de professores de outras áreas. Isso porque a arte contemporânea alarga os horizontes teóricos e imagéticos e proporciona a abertura necessária à aprendizagem ética como uma arte de viver.


A complexidade do processo de formação docente faz com que inúmeras variáveis precisem ser levadas em conta: o professor, seu espaço de atuação, os alunos, a equipe pedagógica e administrativa, o objeto de ensino, sendo as produções visuais impregnam os processos formativos dos docentes potencializando as docências, o que poderíamos chamar de “virada educativa das artes”.


Ela participa e é uma das responsáveis pela elaboração do site Arteversa que pretende mapear as iniciativas envolvendo arte contemporânea e educação no Brasil e no mundo, evidenciando a produção artística contemporânea no que tange à docência como como campo expandido. O site nasceu de uma pesquisa financiada pelo CNPq, e teve com o propósito conversar diretamente com o professor da educação básica.

Pensar os projetos de arte contemporânea com a escola diretamente ligada aos seus atores desmistifica o fato dos processos artísticos contemporâneos nascerem somente dos artistas em seus ateliês, o que possibilita a inserção da escola nesse processo.


Em relação ao referencial teórico utilizado, ela faz referência às políticas públicas como o projeto Em defesa da escola e a curadoria como potência política de empoderamento dos arte-educadores na Bienal do Mercosul, o que sem dúvida acarreta o desejo de ampliar as referências eurocêntricas de perspectiva colonizada para a leitura de autores essenciais do pensamento decolonial como Grada Kilomba, Achille Mbembe, Jota Mombaça, entre outros.


Citando o teórico Camnitzer para qual “a arte é educação e a educação é arte. Uma das palavras somente adquire sentido uma vez que está dentro da outra” e “entre arte e educação, busco uma palavra que ainda mão existe” compreende o lugar da docência como campo expandido, ou seja, ampliação da educação, da pedagogia e da docência, pois sendo a educação matéria-prima, os “territórios educativos” ou “espaços híbridos de formação” são próprios à confluência de vínculo pedagógicos e mudanças sociais.



sobre a autora:

Aline Reis possui graduação em Comunicação Social – Habilitação Radialismo (Rádio e TV) pela Faculdade da Cidade, pós-graduação em Crítica e Curadoria de Arte pela EAV, pós-graduação em História da Filosofia e mestrado em Filosofia pela Universidade Gama Filho. Vive no Rio de Janeiro. No campo da Arte Contemporânea tem trabalhos expostos nas plataformas ArtMaZone e Acessoartecontemporanea, com ampla leitura teórica e interesse em Curadoria de arte, tanto em relação à concepção quanto à pesquisa. Colunista semanal do BLOGDEARTE.art, integra do Grupo de Pesquisa Entre - Educação e arte contemporânea (CE/UFES).




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