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que intenções as imagens escondem?

Relato da oficina-jogo “Fake news: as mentiras das imagens”, com Ana Carolina Pimentel e Julia Rocha, realizada em 21 de fevereiro de 2022


Vivendo em um momento em que o fluxo da informação acontece de forma rápida e ilimitada, é possível considerar que todos já se depararam com algum tipo de fake news. Essas informações, sejam distorcidas ou totalmente mentirosas, alastram-se com facilidade, por intermédio de aplicativos de informações instantâneas, como as redes sociais, assim como por canais de notícias. Durante a oficina-jogo “Fake news: as mentiras das imagens”, discutiu-se o que caracterizaria fake news e a forma como sua leitura pode impactar o público que as consome. Em seguida, Ana Carolina e Julia propuseram um momento de partilha em que a maioria dos participantes admitiram já ter acreditado em algum tipo de fake news, reforçando que esse evento vem se disseminado de forma cada vez mais enganosa, utilizando métodos muito convincentes, além de um formato bem próximo do considerado autêntico.


Após evidenciar-se que as fake news se tornaram um fenômeno presente no cotidiano das pessoas, iniciou-se um diálogo sobre a função da imagem dentro desse processo e da sua capacidade de convencimento da verdade. Sendo assim, esclarecido que desde a origem da fotografia faz-se presente um carácter enganador, visto que toda imagem é apenas um recorte de um evento, escolhido de acordo com a intenção do fotógrafo, podendo ser, facilmente, manipulado ou descontextualizado.


A oficina-jogo se apropriou das características das fake news e do uso adulterado da imagem para propor uma brincadeira que não apenas evidenciava as facilidades com a qual uma notícia pode ser erroneamente interpretada, como também colocou em jogo a nossa capacidade de analisar e julgar a informação que recebemos. A oficina estabeleceu uma dinâmica de produção de falsas manchetes a partir de fotografias documentais, provocando os jogadores na identificação das informações verdadeiras por trás das imagens. Os intitulados “manipuladores” iniciavam lendo a imagem e criando uma falsa manchete com o máximo de dados específicos possíveis e com um formato similar aos usados em manchetes oficiais, no intuito de enganar os “leitores”. Já os “leitores” deveriam observar atentamente as imagens, para então relacioná-las com as manchetes e tentar acertar a verdadeira.


A experiência de ser facilmente enganado ou enganador salientou acontecimentos que hoje estão, inevitavelmente, presentes na vida da maioria das pessoas. As fake news fazem uso de todo tipo de cenário, podendo utilizar dados oficiais forjados, ou até mesmo situações mirabolantes que podem facilmente ser desmascaradas, e que, no entanto, ainda assim, conseguem persuadir alguém no menor momento de desatenção.


Ao fim da oficina-jogo, Ana Carolina e Julia propuseram uma discussão sobre as possíveis falhas realizadas pelos jogadores enganados, ressaltando a importância de se atentar aos detalhes e realizar uma boa análise da imagem e do texto que acompanham as notícias. Sendo ao final indicados sites que certificam a veracidade de uma plataforma, ou notícia, fortalecendo o uso de ferramentas "detectoras de fake news”.



sobre a autora:

Stéfany Pereira da Silva é estudante de Licenciatura em Artes Visuais na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Participante do Grupo de Pesquisa Entre – Educação e arte contemporânea (CE/UFES) e integrante do Projeto de Extensão – Processos de Criação em Curadoria. Tem interesse na pesquisa sobre a prática docente em arte com a Arte Contemporânea.




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